E com o passar dos anos, as pessoas crescem,
constroem mais amigos, adquirem novas tarefas e os deveres começam a ocupar a
maior parte da sua agenda, que antes era repleta de histórias, fotos e
recordações inesquecíveis. Enquanto folheio meus antigos diários, vejo quantas
coisas bacanas já vivi quanta coisa boa eu tenho pra contar e quantas pessoas
maravilhosas já passaram e ficaram na minha vida.
No instante em que revi as fotos, um grande sorriso
tomou conta do meu rosto, eu sabia que com aquelas pessoas tudo se tornava mágico.
Mas então... As lágrimas vieram. Percebi que quanto mais páginas passavam,
menos nomes apareciam, a presença deles ia ficando escassa e outros tantos
momentos eram substituídos. Não que não fossem tão bons quanto aqueles
anteriores, mas faltava algo, faltava alguém, ou melhor, alguns.
Os dias acabaram se tornando iguais. Parei de
escrever em um momento onde parecia que as páginas eram copiadas e coladas. E
tudo perdeu a graça. Aqueles desenhos fofos e coloridos eram preenchidos por caneta
azul e preta, com anotações importantes e sempre a mesma rotina, as mesmas
tarefas.
Olhando aquelas fotos e vendo a alegria no rosto
daquelas pessoas, notei que naquela época a vida era sempre uma surpresa. Acordávamos sem
destino, sem obrigações e sem pendências, no final do dia tinha tanta coisa pra
contar que mal cabia naquela folha pequena do diário. E o que mais queria nesse
momento? Sentir aquela felicidade novamente. Um dia. Seria o suficiente.
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